quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Onda intensa de frio chegando ao Brasil neste final de semana


Fonte: CPTEC/CPT
(análise sinótica das 12Z - mostrando o deslocamento de uma frente fria pelo sul do Brasil)
    
Um sistema frontal avança sobre o Rio Grande do Sul trazendo chuvas e ventania. Esse sistema evolui de forma rápida para nordeste deixando o tempo instável em Santa Catarina, sul e sudoeste do Paraná. No Paraná a frente fria se deslocará de maneira que as chuvas serão mal distribuídas, com maiores chances no centro-sul do estado.


Fonte: Laboratório do BAZ

Na retaguarda se desenha uma intensa onda de frio que deverá penetrar pelo Brasil a partir de sexta feira. As temperaturas entrarão em acentuado declínio com grandes chances para formação de geadas amplas. Há possibilidade de neve na Serra Gaúcha.


(possibilidade de neve na Serra Gaúcha)


Fonte: Laboratório do BAZ
 (temperaturas baixas no Sudeste, parte do Centro Oeste e valores negativos no sul do Brasil)

Esta massa polar irá se expandir até o Centro Oeste, passando pela Região Sudeste. Haverá chance de geadas também na Serra da Mantiqueira no início da próxima semana. O frio intenso pode atingir até o sul da Bahia. No lado ocidental do país é possível que a massa de ar chegue a Amazônia Ocidental

Fonte: Noaa

(Acima evolução do sistema frontal, acompanhado de uma intensa massa de ar frio)

No Paraná a massa polar deve ingressar entre o final da sexta feira e início do sábado, permitindo o declínio acentuado da temperatura. Os termômetros podem atingir valores negativos no centro-sul paranaense e valores bem baixos no restante do estado. As chances para geadas amplas são grandes. Concluindo: teremos uma semana gelada, tendendo a bater recordes no ano de 2010.





fonte: Agritempo
(Acima: a evolução das temperaturas no estado do Paraná nos próximos três dias. Temos um quadro frio e com boa probabilidade de geada.)

Elder/consultor




terça-feira, 13 de julho de 2010

Declínio acentuado da temperatura no sul do Brasil - No Paraná as temperaturas despencam




Uma forte massa polar invadiu o sul do Brasil trazendo bastante frio para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Em muitas localidades as temperaturas ficaram abaixo de zero. Esta massa de ar frio veio na retaguarda de uma frente fria que provocou temporais, trovoadas e ventania no Sul, Sudeste e Centro Oeste Brasileiro.

O forte fenômeno trouxe declínio acentuado de temperatura no oeste e sul do Paraná, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, portanto, de acordo com vários prognósticos numéricos e em sintonia com a previsão de diversos institutos e empresas de meteorologia.

A tendência é para manutenção da propagação do ar frio por mais uns dias, onde o sulista terá que conviver com as baixas temperaturas. Devido à volta da nebulosidade e da chuva nos próximos dias na região Sul, as temperaturas máximas serão baixas, dando uma sensação de intenso frio. Os ventos contribuirão ainda mais para a sensação de frio nestas regiões atingidas.

Uma outra ocorrência, de acordo com os prognósticos, foi a confirmação do fenômeno friagem, ou seja, quando a massa de ar frio atinge o sul da Amazônia. As cidades de Rio Branco e Porto Velho sentiram os reflexos da penetração do ar polar pelo oeste.

Até o presente momento não houve ocorrência de neve nas regiões propícias ao fenômeno, Pois alguns modelos numéricos e previsões apontavam para uma possibilidade de neve nas Serras Gaúcha e Catarinense.


fonte: CPTEC-GPT

 
Este anticiclone pós-frontal está com centro de 1026 hpa, centrado na faixa norte da Argentina, onde baixíssimas temperaturas foram registradas naquele país, bem como no Uruguai, Paraguai e grande parte da Bolívia.

Desde que começou o inverno, esta massa polar tem sido a mais forte a atuar sobre o Brasil e regiões mais ao norte do continente Sul-Americano. O trânsito de massas frias está apenas começando, pois existe uma tendência de mais incursões ao centro-sul do Brasil, neste inverno e na próxima primavera, devido a influência do fenômeno La Niña que está ativo nesta temporada.

Elder/Consultor

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Chuva chegando ao Paraná... Curitiba pode ter chuva significativa...






O modelo acima mostra a distribuição de chuvas nos próximos 7 dias. Se caso confirmar esta tendência, podem ocorrer volumes significativos para parte da região sul do Brasil. O modelo numérico mostra uma possibilidade de concentração de chuvas sobre o leste do Paraná, sul de São Paulo e nordeste de Santa Catanina.

As ondas frontais que causarão chuvas devem começar ingressar ao sul do Brasil entre domingo e segunda feira. Elas se deslocarão também pelo sul do Centro Oeste e parte do Sudeste do Brasil, quebrando uma estiagem que já dura mais de 30 dias em algumas localidades. No sul do Brasil as chuvas podem ser fortes, com possibilidade de ventania e possível queda de granizo.

Lembrando que são tendências! Apesar do modelo apontar muita chuva, não significa que ocorrerá exatamente desta forma, pois pode haver alteração ou protelação da chuva para mais adiante. Este modelo climático tem se mostrado bastante instável à cada rodada nos últimos dias. Há necessidade de observar se consolida tal prognóstico, pois há certa divergência com outros modelos.  No campo probabilístico, há chance de 60% a 70% para ocorrência de chuvas significativas na região em análise; e 30 a 40% para não confirmação.

O prognóstico acima mostra  também chuva para o Centro Oeste. Nesta época do ano ocorre o período de estiagem na região, ou seja, ausência minima de chuvas. Por isso, é preciso ter cautela em relação ao modelo, pois se deve dar a interpretação como possibilidade e não uma certeza para estas chuvas em Goiás. Se a frente fria tiver intensidade mais forte, as chances aumentam para ocorrência da chuva e consequente espacialidade (onde o fenômeno meteorológico vai abranger).  As chuvas quando chegam a esta região nesta época do ano, geralmente ocorrem de forma irregular e mal distribuídas. 

Mudando um pouquinho de assunto, os prognósticos meteorológicos (GFS, UK e EUROPEU) também apontam para muito frio chegando ao centro-sul do Brasil na próxima semana ou nos próximos 10 dias. Há chance para ocorrência de geadas nos três estados do sul, sul de Minas Gerais e região da Mantiqueira. Também há alguma chance de geadas atingirem o sul do Mato Grosso do Sul. Vai depender aonde o centro de alta pressão vai se posicionar e com que força ele vai ter para se traçar a intensidade do ar polar sobre o centro-sul Brasileiro. Preliminarmente, é possível a ocorrência do fenômeno friagem, ou seja, o ar frio pode chegar com força até o sul da Amazônia.

Elder/Consultor Climático

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Condições do tempo no sul do Brasil


 

  
Uma frente fria se desloca pelo Sul do Brasil, na altura do oceano. Esta atividade deixa o tempo sujeito a chuvas ocasionais em Santa Catarina e sul Paranaense. Ainda há chances para desenvolvimento de nuvens, culminando em chuva passageira. No norte-noroeste do Rio Grande do Sul podem formar áreas de instabilidade que venham acarretar em pancadas de chuva.

Na retaguarda das instabilidades avança um centro de alta pressão, permitindo o decréscimo da temperatura no centro-sul gaúcho. Nesta tarde a temperatura estava variando entre 15°C e 17°C em parte daquele estado. O GFS aponta temperaturas mínimas em torno de 4 a 6°C no sul do RS. Segundo o mesmo modelo pode voltar a chover amanhã no noroeste e norte do RS. No sábado, deve amanhecer com 4°C na região de Bagé-RS.

Nos próximos dias o tempo se instabiliza de vez na região Sul provocando vários episódios de chuva e dando origem a um forte sistema frontal que se deslocará pela região e atingirá até o Sudeste e parte do Centro Oeste Brasileiro. A temperatura deve entrar em declínio, onde as temperaturas máximas não subirão tanto.

Abaixo segue o prognóstico de temperatura (América do Sul) para a próxima madrugada. Bastante frio no sul da Argentina. Em grande parte do Brasil, a temperatura mínima deve estar em elevação.




Elder/consultor

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Devem ocorrer mudanças no Tempo - ASAS mais para leste




Fonte: Simepar


Enfim o ASAS (Anticiclone Subtropical do Atlântico Sul) começa a se deslocar para o centro do oceano, deixando a costa Brasileira. Com esse deslocamento deve mudar as condições do tempo no centro-sul do Brasil nos próximos dias.

Hoje uma frente fria atinge o estado do Rio Grande do Sul trazendo pancadas de chuva para aquele estado. Esta frente fria deve se deslocar para o oceano, não atingindo os estados mais ao norte. Deve também chover isolado em áreas do oeste e centro de Santa Catarina. No Paraná apenas a área de fronteira e localidades no extremo sudoeste que há pequena possibilidade de chuva rápida à noite.

O Bloqueio atmosférico causou um veranico em julho com temperaturas acima da média para época do ano nos estados do Sul e Sudeste. As chuvas se ausentaram em muitas cidades por mais de 15 dias. Em Mato Grosso do Sul já tem 30 dias que não chove.

Para a próxima semana uma frente fria mais homogênea deve passar pela região Sul, deslocará pelo Sudeste e com chances de adentrar pelo Centro Oeste do Brasil. As chuvas tendem a ser mais significativas. Na retaguarda da frente fria haverá uma extensa massa de ar frio polar, trazendo a primeira onda de frio forte para o Inverno no Brasil, com chances de ocorrência de neve nas localidades propícias ao fenômeno e geadas amplas pela região sul. Há chances de geadas no MS e na Mantiqueira. Tudo indica que o inverno deve dar as caras e teremos uma segunda quinzena bem mais fria que de costume.

Elder/Consultor

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Temperaturas Mínimas - Paraná - 17/06/2010

      Houve uma elevação substancial das temperaturas mínimas no Paraná. Em algumas cidades foram registradas mínimas acima de 17°C. Depois de algumas semanas com temperaturas noturnas baixas, o quadro esta semana inverteu devido ao afastamento de um núcleo frio que atuava no sul do Brasil e ao fortalecimento de uma massa mais aquecida e seca que atuava, em parte, sobre regiões tropicais. Com ventos favoráveis (N e NO), a massa mais aquecida foi adentrando pelo Paraná, começando pelo oeste e norte, depois se espalhando por outras regiões.

       Outro fator que se nota, é a presença de um bloqueio atmosférico que impede a passagem de frentes frias acompanhadas de retaguardas frias, com isto leva as localidades mais ao norte a dias de sol, poucas nuvens e temperaturas elevadas e muita chuva sobre o Rio Grande do Sul.

       Com a aproximação de uma frente fria que evolui lentamente no Sul do Brasil, a tendência também é contribuir para uma elevação de temperaturas, pois os dias que antecedem a passagem de sistemas frontais provocam aumentos de temperaturas.

       Segundo os modelos numéricos há previsão para um forte resfriamento na próxima semana. Esses modelos divergem na intensidade, mas o inverno deve começar frio no sul, parte do sudeste e parte do Centro Oeste

       Abaixo segue as temperaturas Mínimas do Paraná:


segunda-feira, 14 de junho de 2010

Será que teremos um inverno típico?!!!

         Estamos chegando à metade do mês e a temperatura se comporta com mais regularidade se comparada há anos anteriores. Vamos aguardar se o comportamento da mesma terá semelhança na  segunda quinzena.

         O último terço do outono caminha de forma típica em relação ao componente temperatura, que pode ser indício de um inverno mais frio que em anos anteriores e com possibilidade de ser ligeiramente mais seco, pois o comportamento das águas do Pacífico já deu sinal, desde maio, de certo resfriamento, portanto deverá contribuir na influência climática sobre alguns períodos do inverno e primavera. Talvez não seja inverno de recordes, mas pode ser uma estação mais típica se comparada aos últimos 5 anos. Lembrando que o RS passou por uma onda intensa de frio no mês de julho do ano passado, fato que pode se repetir esse ano, talvez com maior abrangência pelo sul e parte do sudeste do Brasil.

         O modelo abaixo simula uma anomalia negativa de temperaturas para o mês de julho em grande parte do sul do Brasil, mostrando temperaturas em mais ou menos 1° C abaixo da normal climatológica. O centro das isolinhas está no Paraguai com até 2°C abaixo da média. As vezes a confiabilidade fica comprometida pois existem outros modelos diminuindo a margem da anomalia, apontando numa direção de cenário menos frio. O importante que todos eles estão indo numa convergência, ou seja, na direção da média climatológica ou ligeiramente abaixo da média, bem diferente dos prognósticos feitos para o inverno dos 6 anos anteriores. Será necessário estar atento ao trânsito dos centros de pressões atmosféricas. Há indicativos de que haverá mais incursões de massas polares ao sul do Brasil do que costumeiramente tem acontecido.  


fonte: Accuweather.com

        Quanto à precipitação a tendência é ficar dentro da média histórica a ligeiramente abaixo. Em parte do RS e SC o modelo abaixo aponta para chuvas inferiores às médias históricas, portanto um mês de julho mais seco que o normal.



fonte: Accuweather.com

        Lembrando aos caros leitores que é uma análise prognóstica, com tendências a alterações climáticas, pois o tempo e o clima são muito dinâmicos. Logo, não temos uma "exatidão" meteorológica, e sim possíveis tendências que sofrem alterações à medida que o cenário vai sendo montado dentro da nossa atmosfera, com várias variáveis em jogo que há todo momento vai se alterando e alternando. Temos que respeitar a  soberania que exerce o clima e seus elementos do tempo.


Elder / consultor

terça-feira, 16 de março de 2010

Chuva de Fevereiro em Curitiba

As chuvas ficaram acima da normal climatológica na cidade de Curitiba no mês de fevereiro de 2010, confirmando os prognósticos climáticos feitos por diversos institutos de Meteorologia.

As temperaturas médias também se comportaram acima da média na cidade, variando entre 22°C e 24ºC nos diferentes postos meteorológicos. A normal climatológica, segundo o INMET, é de 19.9°C, para o mês de fevereiro. Portanto, temos aí uma variação em torno de até 4°C acima da média. Na Vila Izabel a média das temperaturas ficou em torno de 22,5 °C. A média das temperaturas máximas, em dados preliminares da estação do INMET, ficou com 28.2 °C, ao passo que no Aeroporto do Bacacheri, a média das temperaturas máximas ficou em 26.9 °C. As temperaturas máximas extremas foram registradas em alguns postos meteorológicos em torno de 34°C. Uma onda de frio invadiu a cidade no fim de fevereiro, contrastando com os dias quentes anteriores, permitindo que as temperaturas despencassem para 13°C. Só em um dia, a temperatura baixou 10°C, ou seja, estava num patamar de 28°C e desceu no outro dia para 18°C. Em suma: o mês de fevereiro foi o mais quente dos últimos anos.



Para o mês de março, segundo os prognósticos, as temperaturas devem continuar comportando acima da média e o volume de chuvas também tende a ficar ligeiramente acima das médias históricas na capital paranaense. A diferença, segundo estes prognósticos, é que não deve fazer calor tão excessivo como o registrado em fevereiro deste ano e novembro do ano passado. Lembrando: tradicionalmente, março ainda é considerado um mês quente, sujeito a pancadas de verão e temperaturas elevadas, pois o mês em seus 2/3 de dias, ainda está na estação do verão.


Elder/Consultor Meteorológico





quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Verão com temperatura e chuva acima da média em Curitiba



Tempo ínstável e quente em Curitiba

O Tempo continua instável na capital paranaense, ou seja, com pancadas esparsas distribuídas pela cidade. A sensação de abafamento ainda persiste devido à presença de uma massa quente e úmida. As temperaturas oscilaram, mais cedo, na casa de 27°C a 28°C em grande parte das estações meteorológicas da RMC. Durante a madrugada os termômetros marcaram em média 19°C nos diferentes postos de medição.


Uma frente fria se aproxima do Paraná e deve influenciar no aumento das instabilidades pelo estado. Em Curitiba o tempo deve prosseguir instável com pancadas de chuva, que por vezes podem ser fortes e acompanhadas de trovoadas isoladas.

Em menos da metade do mês já choveu, em diversas estações de medição de chuva da cidade, o equivalente ao esperado para o mês de janeiro (em torno de 165 mm – média histórica). As projeções meteorológicas são para manutenção de um mês com volumes de chuva acima da média histórica, devido à influência, nesse verão, do fenômeno El Niño, onde as temperaturas do oceano Pacífico estão acima da média. Portanto, já temos um El Niño saindo da faixa fraca e entrando na faixa fraca a moderada de classificação.

Do ponto de vista climatológico o El Niño influencia o clima no Sul do Brasil, na estação do verão, em torno de 40% a 60% na distribuição e no volume de chuvas. Adicionado a esta influência se destaca o transporte de umidade da Amazônia, a atuação da Alta da Bolívia mais para o sul da Região Centro-Oeste e Sudeste, ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul), atuando mais ao sul do sudeste, e anomalias das temperaturas superficiais do Oceano Atlântico. O entrelace destes sistemas fortalecem as frentes frias ou cria um corredor sem bloqueios de sistemas frontais associado às áreas de instabilidades que transitam de sudoeste para nordeste. Portanto, as atividades destes sistemas descritos favorecem ao aumento das chuvas na região. Outro aspecto que se deve dar ênfase, com o El Niño ativo, é para o aumento do trânsito das baixas pressões que se formam no norte da Argentina e parte do Paraguai, se movimentando na direção do Sul e Sudeste brasileiro. Estes centros de baixa pressão funcionam como um imã de atração de umidade e calor de regiões mais quentes e úmidas. Quanto à temperatura, O fenômeno El Niño deixa a sua marca, de forma que as mesmas se comportam acima das médias históricas. Nota-se um menor trânsito de massas menos aquecidas e secas, vindas do sul do continente, em direção ao sul do Brasil.

Elder/Consultor Meteorológico