domingo, 24 de março de 2013

Outono 2013


O outono no Brasil começou em 20 de março. Foram observadas temperaturas mais baixas ou amenas no sul e parte do sudeste do Brasil devido ao posicionamento de um anticiclone no litoral sul, jogando ventos frios e úmidos para o continente. Nas outras localidades do sudeste e centro oeste, um canal de umidade se formou (ZCOU), aumentando a instabilidade atmosférica e ocorrendo pancadas fortes de chuva com trovoadas nestas regiões. As chuvas intensas foram verificadas no litoral de S.Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e regiões serranas do Rio de Janeiro. As anomalias de precipitação destas áreas ficaram bem acima das médias históricas.
O outono é uma estação de transição, aonde o tempo mais úmido vai sendo substituído por dias mais secos em grande parte do centro-sul do Brasil, ou seja, é uma estação que se direciona rumo aos dias mais frios do inverno.  Geralmente nesta estação há uma grande amplitude térmica entre os dias e a noites (dias moderadamente quentes e noites tendendo ao frio). A partir do último decêndio de abril já começam as incursões de massas de ar frio pela região sul, sudeste e parte da região centro oeste. No segundo terço do outono em diante pode ocorrer o fenômeno friagem no oeste do Brasil e na Amazônia Ocidental, onde as temperaturas caem de forma acentuada devido ao avanço de massas polares. No sul do Brasil e setores do sudeste podem ocorrer geadas, principalmente em maio e junho (segunda etapa do outono). Quanto à neve em cidades propícias ao fenômeno, raramente ocorre em Maio e de forma isolada no mês de Junho em anos mais frios e úmidos.
 OUTONO 2013
Neste o ano os modelos climáticos apontam para um outono dentro dos padrões climáticos para a estação.  De acordo com estudos de cruzamento de sistemas atmosféricos, oceano, radiação solar, posições astronômicas e outros elementos climáticos, o outono será típico. As temperaturas devem se comportar dentro da média e a precipitação deve ficar nos valores climatológicos padrões na maior parte do Brasil. A exceção será em pontos isolados do sudeste, extremo norte da região norte, com chuvas acima do esperado. Em vários setores do sertão nordestino, norte e leste dos estados que compreendem Sergipe ao Rio Grande do Norte, as anomalias negativas de chuva ainda persistirão.
Região Nordeste:
Temperatura - dentro da média na maior parte da região. Terá valores acima da média no sertão. Enquanto que no litoral leste ou extremo leste da região os termômetros devem ficar ligeiramente abaixo da média histórica.
Precipitação – A precipitação deve ficar em torno da média em alguns setores do litoral da Bahia. Abaixo da média no sertão, extremo norte do Nordeste e litoral leste da região.
Região Norte:
Temperatura – dentro da média na Amazônia Ocidental e acima da média do leste da região. Pode ocorrer o fenômeno friagem no sul da Amazônia.
Precipitação – deve se comportar dentro dos padrões climatológicos na maior parte da região. No extremo Norte, as chuvas tendem ficar um pouco acima da média devido à circulação de ventos úmidos favoráveis (principalmente entre maio e junho). Na Amazônia ocidental há chance para ocorrência de fortes temporais com descargas elétricas. Esses temporais serão intensos e com volumes significativos.
Região Centro Oeste:
Temperatura – o comportamento dos termômetros será dentro da faixa normal. As temperaturas podem ter um comportamento acima da média no extremo oeste da região. Nesta estação o fenômeno friagem terá presença principalmente a partir de maio (como de costume).
Precipitação – O padrão das chuvas deve permanecer dentro do volume esperado. Ressaltando que as mesmas devem diminuir já a partir de meados de abril. A exceção será o oeste da região, onde a precipitação se estenderá mais, ou seja, podendo ir até o final de maio.
Região Sudeste:
Temperatura: O comportamento das temperaturas nesta estação será conforme a normais climatológicas. Há chance para mais incursões de massas de ar frio, porém com períodos curtos de duração. Também os dias de outono podem alternar-se com picos mais elevados de temperatura, principalmente na sua primeira metade. Podem ocorrer algumas ondas com declínio acentuado de temperatura no oeste de São Paulo.
Precipitação – As chuvas tendem ficar dentro do esperado, porém com maior intensificação de temporais, trovoadas, ventania e chance para granizo. Podem ocorrer mudanças súbitas de tempo. O centro e o oeste da região sudeste estarão mais suscetíveis a estas mudanças bruscas nas condições do tempo.
Região Sul:
O diferencial deste outono, é que no Sul do Brasil devem ocorrer, com maior intensidade, fortes temporais acompanhados de trovoadas, ventania e queda de granizo. A metade oeste da região estará mais suscetível à ocorrência destas tempestades. Não se descarta ocorrência de tornados em pontos isolados da região. Também há possibilidade de ocorrência de neve nas localidades propícias ao fenômeno, principalmente a partir da segunda metade do outono, com maiores chances para junho. Lembrando que é preciso acompanhar esse fenômeno (neve) mais perto da data de ocorrência, pois as previsões de curto e curtíssimo prazo mostram melhor quando, onde, e a intensidade do fenômeno.
Temperatura – Apesar de um outono bem movimentado e instável, os termômetros devem se comportar dentro da normal climatológica. Os dias de outono serão marcados pela alternância de temperaturas quentes e frias. Não se descarta alguma onda de calor dentro do outono. As incursões de massas polares se farão presentes, permitindo o declínio acentuado de temperatura. As geadas nas regiões altas devem aparecer já em meados de abril. Enquanto que geadas mais generalizadas podem ocorrer a partir de maio ou primeira quinzena de junho.
Precipitação – As chuvas devem ficar dentro da média na maior parte da região. Apenas o extremo oeste e áreas isoladas da região que a precipitação pode ficar acima do esperado. Teremos neste período uma fase maior de temporais, com ventania e granizo na região. As áreas de instabilidade e de baixa pressão se formarão com maior frequência no norte e nordeste da Argentina e Paraguai, e se deslocarão para leste provocando chuvas fortes na região. Essas áreas de instabilidade devem associar-se as frentes frias de deslocamento rápido. Os ciclones e centros de baixa pressão devem se posicionar dentro da sua climatologia normal.
Elder 
copyright 2007 - 2013
 
ABAIXO ESTÃO OS MAPAS CLIMATOLÓGICOS PUBLICADOS PELO CPTEC, COM FONTE DE DADOS GERADOS PELO INMET. SÃO MAPAS DE PRECIPITÇÃO MÉDIA E TEMPERATURA MÍNIMA MÉDIA PARA OS DIVERSOS ESTADOS BRASILEIROS.
 
 
 
 
FONTE E CRÉDITOS: CPTEC/INMET

sábado, 16 de março de 2013

O Outono está chegando...


No sul e parte do sudeste do Brasil, as características do outono já se faz sentir em algumas áreas. De acordo com os modelos numéricos e projeções feitas por muitos meteorologistas, às temperaturas devem ficar mais baixas durante a madrugada, nos três estados do sul e regiões mais altas do Sudeste, (Serra da Mantiqueira e Serra do Mar), nos próximos 15 dias. Portanto, a média das temperaturas mínimas deve variar entre 9°C  e  12°C nas localidades mais altas destas regiões. Durante a tarde, as temperaturas podem se comportar de forma mais elevada, com médias máximas em torno de 24ºC e 28°C. Nas localidades de baixa altitude os termômetros continuarão com temperaturas elevadas.
 

 
 
Fonte e créditos: SOMAR/NCEP/NOAA
 
Entre os dias 16/06 e 20/03, uma frente fria deve passar pelo sul e sudeste contribuindo com acumulados significativos, As chuvas devem ser acompanhadas de trovoadas e rajadas fortes de vento. Há chances para queda de granizo em pontos isolados das regiões citadas. No sudeste e centro oeste do Brasil um canal de umidade formado entre a Amazônia e o Sudeste (ZCOU) deverá alimentar os temporais. Estes temporais serão acompanhados por muitas descargas elétricas (raios).

A próxima estação (outono 2013) deverá ter comportamento típico.
 
 
Elder
 

terça-feira, 5 de março de 2013

Tendências e Águas de Março

 
 
Fonte e créditos: CPTEC
 
Esta semana (05-13/03) será marcada por temporais de verão em grande parte do Brasil. Esses temporais são frutos do aquecimento diurno combinado com a umidade disponível nas diversas camadas da atmosfera. As chuvas deverão ocorrer em forma de pancadas de chuva, acompanhadas de trovoadas principalmente à tarde e início da noite. 
As atenções deverão ser voltadas para a região litorânea do sudeste do Brasil, devido a anomalia positiva das águas do Atlântico na região, interagindo com o transporte de umidade do oceano Atlântico. Poderão ocorrer fortes temporais no Rio de Janeiro, como baixada fluminense e região serrana. Também poderá haver chuvas intensas no litoral de S.Paulo, a exemplo do  ocorrido em Cubatão e serra do Mar. As chances são menores no litoral sul do Espírito Santo, mas não se descarta a ocorrência de tempo adverso.
De acordo com os modelos numéricos as chuvas nos próximos 15 dias devem se comportar na faixa abaixo da média e dentro da média no centro-sul Brasileiro. Também, é bom destacarmos que a precipitação será mal distribuída no tempo e no espaço nesta primeira quinzena.
De acordo com a temperatura, teremos as próximas duas semanas com termômetros se comportando acima da média. As temperaturas estarão mais elevadas durante à tarde.
No nordeste Brasileiro, principalmente nas áreas do sertão e agreste, as chuvas continuarão abaixo do esperado, não sendo suficientes para quebrar o longo período de estiagem. A zona de Convergência Intertropical irá influenciar de maneira discreta os setores norte da região Nordeste, com possibilidade de chuvas abaixo da média histórica.
Concluindo, teremos um final de verão quente e abafado em grande parte do Brasil, porém menos úmido que o normal; a exceção seria alguns pontos do litoral do Sudeste e parte da região sul do Brasil. A tendência de ocorrência de chuvas mais volumosas de maneira mais abrangente está prognosticada a partir do dia 13 de março e podendo estender-se até 25 de março. (prognóstico sujeito a alterações). As chuvas mais abrangentes no Sudeste e Centro Oeste do Brasil poderão ser decorrentes do surgimento de um novo episódio da Zona de Convergência de Umidade. As frentes frias que passarão pelo sul do Brasil, poderão associar-se a este canal de umidade.
Elder