O outono no Brasil começou em 20 de
março. Foram observadas temperaturas mais baixas ou amenas no sul e parte do
sudeste do Brasil devido ao posicionamento de um anticiclone no litoral sul,
jogando ventos frios e úmidos para o continente. Nas outras localidades do
sudeste e centro oeste, um canal de umidade se formou (ZCOU), aumentando a
instabilidade atmosférica e ocorrendo pancadas fortes de chuva com trovoadas
nestas regiões. As chuvas intensas foram verificadas no litoral de S.Paulo, Rio
de Janeiro, Espírito Santo e regiões serranas do Rio de Janeiro. As anomalias
de precipitação destas áreas ficaram bem acima das médias históricas.
O outono é uma estação de
transição, aonde o tempo mais úmido vai sendo substituído por dias mais secos
em grande parte do centro-sul do Brasil, ou seja, é uma estação que se
direciona rumo aos dias mais frios do inverno.
Geralmente nesta estação há uma grande amplitude térmica entre os dias e
a noites (dias moderadamente quentes e noites tendendo ao frio). A partir do
último decêndio de abril já começam as incursões de massas de ar frio pela
região sul, sudeste e parte da região centro oeste. No segundo terço do outono
em diante pode ocorrer o fenômeno friagem no oeste do Brasil e na Amazônia
Ocidental, onde as temperaturas caem de forma acentuada devido ao avanço de
massas polares. No sul do Brasil e setores do sudeste podem ocorrer geadas,
principalmente em maio e junho (segunda etapa do outono). Quanto à neve em
cidades propícias ao fenômeno, raramente ocorre em Maio e de forma isolada no
mês de Junho em anos mais frios e úmidos.
OUTONO 2013
Neste o ano os modelos climáticos
apontam para um outono dentro dos padrões climáticos para a estação. De acordo com estudos de cruzamento de
sistemas atmosféricos, oceano, radiação solar, posições astronômicas e outros
elementos climáticos, o outono será típico. As temperaturas devem se comportar
dentro da média e a precipitação deve ficar nos valores climatológicos padrões
na maior parte do Brasil. A exceção será em pontos isolados do sudeste, extremo
norte da região norte, com chuvas acima do esperado. Em vários setores do
sertão nordestino, norte e leste dos estados que compreendem Sergipe ao Rio
Grande do Norte, as anomalias negativas de chuva ainda persistirão.
Região Nordeste:
Temperatura - dentro da média na
maior parte da região. Terá valores acima da média no sertão. Enquanto que no
litoral leste ou extremo leste da região os termômetros devem ficar
ligeiramente abaixo da média histórica.
Precipitação – A precipitação
deve ficar em torno da média em alguns setores do litoral da Bahia. Abaixo da
média no sertão, extremo norte do Nordeste e litoral leste da região.
Região Norte:
Temperatura – dentro da média na
Amazônia Ocidental e acima da média do leste da região. Pode ocorrer o fenômeno
friagem no sul da Amazônia.
Precipitação – deve se comportar
dentro dos padrões climatológicos na maior parte da região. No extremo Norte,
as chuvas tendem ficar um pouco acima da média devido à circulação de ventos
úmidos favoráveis (principalmente entre maio e junho). Na Amazônia ocidental há
chance para ocorrência de fortes temporais com descargas elétricas. Esses
temporais serão intensos e com volumes significativos.
Região Centro Oeste:
Temperatura – o comportamento dos
termômetros será dentro da faixa normal. As temperaturas podem ter um
comportamento acima da média no extremo oeste da região. Nesta estação o
fenômeno friagem terá presença principalmente a partir de maio (como de
costume).
Precipitação – O padrão das
chuvas deve permanecer dentro do volume esperado. Ressaltando que as mesmas
devem diminuir já a partir de meados de abril. A exceção será o oeste da região,
onde a precipitação se estenderá mais, ou seja, podendo ir até o final de maio.
Região Sudeste:
Temperatura: O comportamento das
temperaturas nesta estação será conforme a normais climatológicas. Há chance
para mais incursões de massas de ar frio, porém com períodos curtos de duração.
Também os dias de outono podem alternar-se com picos mais elevados de
temperatura, principalmente na sua primeira metade. Podem ocorrer algumas ondas
com declínio acentuado de temperatura no oeste de São Paulo.
Precipitação – As chuvas tendem
ficar dentro do esperado, porém com maior intensificação de temporais,
trovoadas, ventania e chance para granizo. Podem ocorrer mudanças súbitas de
tempo. O centro e o oeste da região sudeste estarão mais suscetíveis a estas
mudanças bruscas nas condições do tempo.
Região Sul:
O diferencial deste outono, é que
no Sul do Brasil devem ocorrer, com maior intensidade, fortes temporais
acompanhados de trovoadas, ventania e queda de granizo. A metade oeste da
região estará mais suscetível à ocorrência destas tempestades. Não se descarta
ocorrência de tornados em pontos isolados da região. Também há possibilidade de
ocorrência de neve nas localidades propícias ao fenômeno, principalmente a
partir da segunda metade do outono, com maiores chances para junho. Lembrando que é preciso acompanhar esse
fenômeno (neve) mais perto da data de ocorrência, pois as previsões de curto e
curtíssimo prazo mostram melhor quando, onde, e a intensidade do fenômeno.
Temperatura – Apesar de um outono
bem movimentado e instável, os termômetros devem se comportar dentro da normal
climatológica. Os dias de outono serão marcados pela alternância de
temperaturas quentes e frias. Não se descarta alguma onda de calor dentro do
outono. As incursões de massas polares se farão presentes, permitindo o declínio
acentuado de temperatura. As geadas nas regiões altas devem aparecer já em
meados de abril. Enquanto que geadas mais generalizadas podem ocorrer a partir
de maio ou primeira quinzena de junho.
Precipitação – As chuvas devem
ficar dentro da média na maior parte da região. Apenas o extremo oeste e áreas
isoladas da região que a precipitação pode ficar acima do esperado. Teremos
neste período uma fase maior de temporais, com ventania e granizo na região. As
áreas de instabilidade e de baixa pressão se formarão com maior frequência no
norte e nordeste da Argentina e Paraguai, e se deslocarão para leste provocando
chuvas fortes na região. Essas áreas de instabilidade devem associar-se as
frentes frias de deslocamento rápido. Os ciclones e centros de baixa pressão
devem se posicionar dentro da sua climatologia normal.
Elder
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- 2013
ABAIXO ESTÃO OS MAPAS CLIMATOLÓGICOS PUBLICADOS PELO CPTEC, COM FONTE DE DADOS GERADOS PELO INMET. SÃO MAPAS DE PRECIPITÇÃO MÉDIA E TEMPERATURA MÍNIMA MÉDIA PARA OS DIVERSOS ESTADOS BRASILEIROS.
FONTE E CRÉDITOS: CPTEC/INMET