sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Próximos dias com temperaturas acima da média em parte do Brasil



As temperaturas devem continuar acima da média em parte do Brasil nos próximos dias, devido à ausência de entradas de massas polares significativas, que promovem o declínio acentuado da temperatura no centro-sul do Brasil.

Geralmente o inicio de Agosto é marcado por temperaturas baixas no sul e sudeste do Brasil, por ainda estar no coração do inverno. Mas este ano o quadro está diferente, pois o comportamento da temperatura está anômalo. O que tem contribuído para este comportamento é o aquecimento acima da média das águas superficiais do Atlântico e do Pacífico.

Em contrapartida, devido à aproximação do Anticiclone do Atlântico Sul do Brasil (ASAS),  muito comum nesta época do ano, permite que parte do sudeste e centro-oeste brasileiro, tenha temperaturas variando na categoria ligeiramente abaixo da média e dentro da media climatológica. As próximas noites ainda serão frias, devido à baixa umidade e a perda radiativa de calor noturno no Sudeste, parte da região central do Brasil e grande parte do Nordeste Brasileiro.

Fonte: COLA

O modelo climático de médio prazo do COLA mostra estas projeções. O modelo também mostra pouca chuva sobre grande parte no Brasil nos próximos dias, que também é comum para esta época do ano.

Elder

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Temperaturas Baixas no sul de Minas Gerais, Região Serrana do Rio de Janeiro e Mantiqueira.


A temperatura deve declinar de forma acentuada nas regiões altas da região Sudeste do Brasil nesta quarta e quinta feira. Os termômetros devem registrar temperaturas baixas no sul de Minas Gerais, região Serrana do Rio de Janeiro e partes altas do Estado de SP, como Mantiqueira e Paranapiacaba.

Deve haver perda radiativa de calor noturno. Em algumas áreas da Mantiqueira, Região serrana do Rio de Janeiro e sul de Minas Gerais deve gear. As geadas serão de radiação nestas áreas.
Fonte:CPTEC
(Obs: Geadas em pontos vermelhos e verdes)

As imagens abaixo, mostram o cenário de temperatura mínima (GFS) para as regiões citadas acima. O modelo MBAR e COSMOS do INMET, mostram temperaturas mais baixas para as duas próximas madrugadas.


Fonte: WXBRASIL.NET

Elder

As temperaturas estão acima da média no mês de agosto.


O tempo no inicio de agosto em grande parte do Brasil permanece seco, ensolarado e baixa umidade. As temperaturas estão acima da média na maior parte das regiões, devendo permanecer assim por mais alguns dias.

A exceção será a metade sul da região Sul do Brasil, onde uma frente fria, de rápido deslocamento, deve se aproximar do Rio Grande do Sul, provocando temporais localmente fortes. Nesta parte do Brasil a temperatura deve declinar nos próximos dias.

Com base na análise da instabilidade, apenas o extremo norte e o sudoeste do Rio Grande do Sul estão sujeitos à ocorrência de trovoadas nesta terça feira. Pode ter rajada forte de vento no sudoeste do estado em áreas isoladas.


Fonte: Weather Online.uk

Quanto ao comportamento da temperatura, o modelo Brams traz possibilidade de ligeiro declínio da temperatura a partir do dia 9 de agosto no sul do Brasil, com baixas temperaturas durante a noite e madrugada no centro-sul do Rio Grande do Sul, áreas altas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Já o GFS e ETA apontam 13 de agosto com chance para declínio de temperatura em parte da metade sul gaúcha, devido aproximação de uma alta transiente.

No dia 15 de agosto o Modelo GFS coloca possibilidade de temporais em parte do Rio Grande do Sul, devido chegada de frente fria.
Fonte:WXBRASIL.NET

Elder

terça-feira, 31 de julho de 2012

Temporais no Rio Grande do Sul

Os últimos dias foram marcados por temporais e vendavais em setores do Rio Grande do Sul. Houve destelhamento em algumas cidades gaúchas, devido aos fortes ventos. Esses fenômenos meteorológicos foram decorrentes de uma frente fria que se deslocou lentamente pela região, deixando acumulados significativos sobre o setor norte e nordeste do Rio Grande do Sul.


Fonte e créditos: CPTEC

Além da frente fria de caráter semiestacionária, áreas de instabilidade se formaram sobre o sul do Brasil, como também passagens de áreas de baixa pressão.

Para completar o quadro, no sul gaúcho, as temperaturas permaneceram baixas, sendo que foram registradas geadas na região da fronteira, com temperaturas negativas, entre 29 e 31 de julho.

Os prognósticos ainda apontam para manutenção das chuvas pelo menos por mais 24 a 36 horas em parte da região Sul.
A tendência é de que as frentes frias serão deslocadas para o mar sem atingir diretamente a região sudeste do Brasil.

Agosto deve ter nos seus primeiros dias temperaturas acima da média histórica em toda a região sul e parte da região sudeste do Brasil.

Elder

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Meses de Baixa Umidade Relativa do Ar


Um dos elementos do tempo, de suma importância, em grande parte do território brasileiro nos períodos mais secos do ano é a umidade relativa do ar. Geralmente os baixos índices de umidade se manifestam nos meses de julho, agosto e parte de setembro.
A região mais afetada, com índices alarmantes, é a região central do Brasil e alguns setores do sudeste Brasileiro. Em muitas localidades, o índice extremo ocorre nas horas mais quentes; ficando abaixo de 20%.
É bom ressaltar que os baixos índices de umidade ocorrem neste período do ano (julho-setembro), e não está relacionado com clima árido. Aliás, no Brasil não existe clima árido, e nem tão pouco a região citada pode ser caracterizada como região que possui este clima. Sendo então erroneamente tratada pela mídia, novelas e pessoas mais desinformadas a respeito deste tema.
Outra coisa: não se analisa esse parâmetro apenas por um determinado período exposto, em condições críticas, ou seja, abaixo de 20% em seus extremos, nas horas mais quentes. Há necessidade de se acompanhar o parâmetro meteorológico durante o desenrolar do dia. Reforçando: é necessário analisar a curva gráfica da umidade relativa do ar ao longo dia e traçar um perfil climatológico do parâmetro em questão para melhor se proteger de horas mais secas.

Fonte: INMET

Nesta época do ano massas de ar secas, de característica continental, se expandem por todo interior do Brasil, sendo responsáveis por valores baixos de umidade. Existem anos onde o “inverno”, do ponto de vista da umidade, é mais severo com extremos mínimos em várias localidades do centro do país. Esses valores mínimos podem chegar a índices inferiores a 12%;  quiçá abaixo de 10% entre as 14 e 16 horas.
Capitais como Brasília, Goiânia e Campo Grande já registraram umidade do ar inferior a 10% entre agosto e setembro. Há registros de ocorrência de baixos índices inferiores a 7% em algumas localidades do Brasil Central nas horas de maior calor. Mesmo tendo registros críticos à saúde humana, não se pode dizer que estas regiões são áridas, pois existem outros elementos que mostram ao contrário, a exemplo do próprio comportamento da mesma umidade ao longo do ano, aonde os valores chegam acima de 90% em plena época chuvosa e uma precipitação abundante na estação das chuvas (acima de 1500 mm anuais).
As massas polares, de natureza fria e muitas vezes de característica seca, invadem o continente sul americano nos meses de inverno. À medida que elas vão se misturando com o ar mais quente estabelecido mais ao norte, elas perdem sua natureza original e se amoldam as novas características de acordo com a latitude, com o terreno que estão se estabelecendo e as condições climáticas residentes à nova região. Devido à influência da continentalidade, estas massas que se originaram em regiões meridionais, perdem umidade e ganham em secura, dando condições a uma situação climática mais desfavorável ao cotidiano do homem..



Fonte: INMET
Nas regiões tropicais, quanto ao quesito temperatura, o inverno é curto, devido ao deslocamento e a não penetração frequente de massas frias pelo interior da região, acabando por não influenciar na queda das temperaturas. A resultante disto tudo, seria o fortalecimento do ar tropical continental, que irá refletir em padrões baixos de umidade, ao não desenvolvimento de nuvens de chuva, aos dias com alta amplitude térmica e períodos elevados de insolação.

Onde é mais seco? Goiânia ou Brasília? Se for analisar por picos de extremos, Brasília é mais seca, pois pode ocorrer nos meses de agosto e setembro, valores mínimos de umidade inferiores a 15% por vários dias seguidos. Enquanto que Goiânia e Campo Grande esses extremos são de menor frequência, mas deixando as marcas de um tempo bem seco, se comparado a padrões normais. Mas não se mede a umidade relativa do ar apenas por picos extremos. É preciso ver o comportamento da mesma ao longo do dia.
Olhando no geral, Goiânia vai apresentar uma curva menor que a de Brasília ao longo do ano. Nesta comparação, teremos na capital goiana e regiões a oeste de Goiás umidade relativa do ar menor do que ocorre em Brasília. Estas localidades citadas só perdem para o nordeste do Distrito Federal, sendo mais seco que a Capital Federal. Tudo isto pode ser ilustrado pelo comportamento das normais climatológicas (30 anos) através da tabela abaixo, como também pelo mapa de umidade relativa do ar.


Média Mensal da Umidade Relativa do AR - %


 
JAN
FEV
MAR
ABR
MAI
JUN
JUL
AGO
SET
OUT
NOV
DEZ
ANO
Brasília
76
77
76
75
68
61
56
49
53
66
75
79
67
Goiânia
75
76
74
71
65
60
53
47
53
65
73
76
66

Normais Climatológicas – 1961 -1990 – Fonte: Inmet

Média Mensal da Umidade Relativa do AR - %
18 GMT

JAN
FEV
MAR
ABR
MAI
JUN
JUL
AGO
SET
OUT
NOV
DEZ
ANO
Brasília
57
56
55
54
47
40
35
27
30
47
56
60
49
Goiânia
58
55
54
52
47
41
36
27
33
46
55
59
47
Normais Climatológicas – 1961 -1990 – Fonte: Inmet



 Fonte: INMET
Do ponto de vista climatológico e de localização regional, Brasília está mais a leste que Goiânia, portanto recebe mais influencia do mar, apesar de serem separadas apenas por 200 km, mas isto reflete no comportamento anual. Outro elemento: a capital federal está a barlavento no planalto central e com uma altitude mais privilegiada, ao passo que a capital goiana está a sotavento, do planalto central, com altitude mais baixa, portanto mais seca e mais quente.
O que fica para todos em torno do mito chamado de Capital da Secura (Brasília), sem ser, pois Brasília tem índices pluviométricos elevados e umidade relativa também elevada ao longo do ano se comparada a regiões mais secas do mundo, onde outras localidades se enquadram numa tipologia de climas áridos ou semiáridos, o que não ocorre de forma categórica com Brasília e Goiânia. Podemos concluir que o Brasil Central, com a suas capitais, possuem períodos secos (entre julho-setembro), mas não são cidades secas, e passando longe do conceito verdadeiro de aridez.


Elder