terça-feira, 31 de julho de 2012

Temporais no Rio Grande do Sul

Os últimos dias foram marcados por temporais e vendavais em setores do Rio Grande do Sul. Houve destelhamento em algumas cidades gaúchas, devido aos fortes ventos. Esses fenômenos meteorológicos foram decorrentes de uma frente fria que se deslocou lentamente pela região, deixando acumulados significativos sobre o setor norte e nordeste do Rio Grande do Sul.


Fonte e créditos: CPTEC

Além da frente fria de caráter semiestacionária, áreas de instabilidade se formaram sobre o sul do Brasil, como também passagens de áreas de baixa pressão.

Para completar o quadro, no sul gaúcho, as temperaturas permaneceram baixas, sendo que foram registradas geadas na região da fronteira, com temperaturas negativas, entre 29 e 31 de julho.

Os prognósticos ainda apontam para manutenção das chuvas pelo menos por mais 24 a 36 horas em parte da região Sul.
A tendência é de que as frentes frias serão deslocadas para o mar sem atingir diretamente a região sudeste do Brasil.

Agosto deve ter nos seus primeiros dias temperaturas acima da média histórica em toda a região sul e parte da região sudeste do Brasil.

Elder

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Meses de Baixa Umidade Relativa do Ar


Um dos elementos do tempo, de suma importância, em grande parte do território brasileiro nos períodos mais secos do ano é a umidade relativa do ar. Geralmente os baixos índices de umidade se manifestam nos meses de julho, agosto e parte de setembro.
A região mais afetada, com índices alarmantes, é a região central do Brasil e alguns setores do sudeste Brasileiro. Em muitas localidades, o índice extremo ocorre nas horas mais quentes; ficando abaixo de 20%.
É bom ressaltar que os baixos índices de umidade ocorrem neste período do ano (julho-setembro), e não está relacionado com clima árido. Aliás, no Brasil não existe clima árido, e nem tão pouco a região citada pode ser caracterizada como região que possui este clima. Sendo então erroneamente tratada pela mídia, novelas e pessoas mais desinformadas a respeito deste tema.
Outra coisa: não se analisa esse parâmetro apenas por um determinado período exposto, em condições críticas, ou seja, abaixo de 20% em seus extremos, nas horas mais quentes. Há necessidade de se acompanhar o parâmetro meteorológico durante o desenrolar do dia. Reforçando: é necessário analisar a curva gráfica da umidade relativa do ar ao longo dia e traçar um perfil climatológico do parâmetro em questão para melhor se proteger de horas mais secas.

Fonte: INMET

Nesta época do ano massas de ar secas, de característica continental, se expandem por todo interior do Brasil, sendo responsáveis por valores baixos de umidade. Existem anos onde o “inverno”, do ponto de vista da umidade, é mais severo com extremos mínimos em várias localidades do centro do país. Esses valores mínimos podem chegar a índices inferiores a 12%;  quiçá abaixo de 10% entre as 14 e 16 horas.
Capitais como Brasília, Goiânia e Campo Grande já registraram umidade do ar inferior a 10% entre agosto e setembro. Há registros de ocorrência de baixos índices inferiores a 7% em algumas localidades do Brasil Central nas horas de maior calor. Mesmo tendo registros críticos à saúde humana, não se pode dizer que estas regiões são áridas, pois existem outros elementos que mostram ao contrário, a exemplo do próprio comportamento da mesma umidade ao longo do ano, aonde os valores chegam acima de 90% em plena época chuvosa e uma precipitação abundante na estação das chuvas (acima de 1500 mm anuais).
As massas polares, de natureza fria e muitas vezes de característica seca, invadem o continente sul americano nos meses de inverno. À medida que elas vão se misturando com o ar mais quente estabelecido mais ao norte, elas perdem sua natureza original e se amoldam as novas características de acordo com a latitude, com o terreno que estão se estabelecendo e as condições climáticas residentes à nova região. Devido à influência da continentalidade, estas massas que se originaram em regiões meridionais, perdem umidade e ganham em secura, dando condições a uma situação climática mais desfavorável ao cotidiano do homem..



Fonte: INMET
Nas regiões tropicais, quanto ao quesito temperatura, o inverno é curto, devido ao deslocamento e a não penetração frequente de massas frias pelo interior da região, acabando por não influenciar na queda das temperaturas. A resultante disto tudo, seria o fortalecimento do ar tropical continental, que irá refletir em padrões baixos de umidade, ao não desenvolvimento de nuvens de chuva, aos dias com alta amplitude térmica e períodos elevados de insolação.

Onde é mais seco? Goiânia ou Brasília? Se for analisar por picos de extremos, Brasília é mais seca, pois pode ocorrer nos meses de agosto e setembro, valores mínimos de umidade inferiores a 15% por vários dias seguidos. Enquanto que Goiânia e Campo Grande esses extremos são de menor frequência, mas deixando as marcas de um tempo bem seco, se comparado a padrões normais. Mas não se mede a umidade relativa do ar apenas por picos extremos. É preciso ver o comportamento da mesma ao longo do dia.
Olhando no geral, Goiânia vai apresentar uma curva menor que a de Brasília ao longo do ano. Nesta comparação, teremos na capital goiana e regiões a oeste de Goiás umidade relativa do ar menor do que ocorre em Brasília. Estas localidades citadas só perdem para o nordeste do Distrito Federal, sendo mais seco que a Capital Federal. Tudo isto pode ser ilustrado pelo comportamento das normais climatológicas (30 anos) através da tabela abaixo, como também pelo mapa de umidade relativa do ar.


Média Mensal da Umidade Relativa do AR - %


 
JAN
FEV
MAR
ABR
MAI
JUN
JUL
AGO
SET
OUT
NOV
DEZ
ANO
Brasília
76
77
76
75
68
61
56
49
53
66
75
79
67
Goiânia
75
76
74
71
65
60
53
47
53
65
73
76
66

Normais Climatológicas – 1961 -1990 – Fonte: Inmet

Média Mensal da Umidade Relativa do AR - %
18 GMT

JAN
FEV
MAR
ABR
MAI
JUN
JUL
AGO
SET
OUT
NOV
DEZ
ANO
Brasília
57
56
55
54
47
40
35
27
30
47
56
60
49
Goiânia
58
55
54
52
47
41
36
27
33
46
55
59
47
Normais Climatológicas – 1961 -1990 – Fonte: Inmet



 Fonte: INMET
Do ponto de vista climatológico e de localização regional, Brasília está mais a leste que Goiânia, portanto recebe mais influencia do mar, apesar de serem separadas apenas por 200 km, mas isto reflete no comportamento anual. Outro elemento: a capital federal está a barlavento no planalto central e com uma altitude mais privilegiada, ao passo que a capital goiana está a sotavento, do planalto central, com altitude mais baixa, portanto mais seca e mais quente.
O que fica para todos em torno do mito chamado de Capital da Secura (Brasília), sem ser, pois Brasília tem índices pluviométricos elevados e umidade relativa também elevada ao longo do ano se comparada a regiões mais secas do mundo, onde outras localidades se enquadram numa tipologia de climas áridos ou semiáridos, o que não ocorre de forma categórica com Brasília e Goiânia. Podemos concluir que o Brasil Central, com a suas capitais, possuem períodos secos (entre julho-setembro), mas não são cidades secas, e passando longe do conceito verdadeiro de aridez.


Elder

terça-feira, 24 de julho de 2012

Calor em pleno inverno no centro-sul do Brasil


Depois de uma onda intensa e prolongada de frio no sul, sudeste e parte do centro-oeste, o calor acima da média volta a dar as caras sobre estas regiões. Com o Anticiclone transiente se afastando do continente, ficou uma massa de ar quente que foi aquecida pelo contato com outra massa de ar de mesma natureza alimentando ainda mais o sistema e preparando para dias de calor em pleno inverno.
Então o frio acabou? Não, é normal ocorrer no Brasil de clima tropical em sua maior parte do território, temperaturas elevadas em pleno inverno, bem como até permanência de ondas de calor por mais de 5 dias consecutivos, que se chama veranico para os sulistas e pessoas que moram no centro-sul da região sudeste do Brasil.
Por enquanto o frio dará uma trégua, mas haverá outras incursões de massa de ar polar nesta estação de inverno onde os termômetros marcarão baixas temperaturas. Em algumas regiões propícias as temperaturas ficarão abaixo de zero grau.
O que está no cenário nacional neste últimos dias são estas temperaturas que estão até 6°C acima do normal e baixa umidade em grande parte do centro sul do Brasil.
Uma frente fria está se deslocando pelo litoral da Região Sul, onde provocou chuvas isoladas. Na retaguarda há uma massa de ar mais frio que irá contribuir para o acentuado declínio da temperatura no sul do Rio Grande do Sul e parte da região central gaúcha.

Esta frente fria atuará sobre parte de Santa catarina e parte do Paraná;  deve-se deslocar mais para norte amenizando os efeitos da baixa umidade. Mas esta frente fria não atingirá o Sudeste como um todo e a região Centro Oeste, deixando estas regiões em estado de atenção, pois a umidade relativa do ar poderá estar nas horas mais quentes abaixo de 30%.

Elder

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Temperaturas baixas e Massa Polar atuando sobre centro-sul do Brasil.


Um dia de temperaturas baixas no centro sul do Brasil. Em Santa Catarina e regiões do Rio Grande do Sul os termômetros registraram temperaturas em torno de 0°C, e em algumas localidades temperaturas negativas.  Esta onda de frio já dura em torno de 10 dias.

A madrugada de quinta feira também foi com temperaturas baixas no Centro Oeste do Brasil. Campo Grande chegou a 7°C, Goiânia a 10°C, Cuiabá e Brasília os termômetros registraram 11°C.  Em muitas cidades do sudoeste goiano, sul do Mato Grosso e grande parte do Mato Grosso do Sul as temperaturas chegaram em torno de 5°C, fato não muito comum para muitas localidades desta região.


No sudeste, o balanço do frio, deixou as temperaturas em valores críticos, como Campos do Jordão e toda a Serra da Mantiqueira, onde os termômetros negativaram. Nestas localidades houve registro de geada fraca a moderada.  A onda de frio também chegou à região Serrana do Rio de Janeiro e Espírito Santo. Em São Paulo capital, os termômetros registraram uma temperatura de 9.1°C no Mirante de Santana, Guarulhos 6°C e 9°C em Congonhas. Em setores frios da capital paulistana houve registro de temperatura na casa de 4 a 6°C. Também, tivemos relatos de muito frio no inerior de S.Paulo e sul de Minas Gerais, com temperaturas abaixo de 5°C.

A massa polar deve perder força na próxima sexta ou sábado, onde os termômetros irão gradativamente entrar em ascensão. Devido a menor cobertura de nuvens, o sol deve brilhar em períodos mais prolongados, oportunizando a subida da temperatura no período da tarde. Não há condições para chuva nas próximas 24 a 48 no centro-sul do Brasil

 

Para fechar a janela, clique na imagem
Fonte INMET


Elder

terça-feira, 17 de julho de 2012

Terceiro Pulso de Frio


Fonte:WXBRASIL.NET

O terceiro pulso de frio, em menos de dez dias, chegará ao Brasil já nesta quarta feira. O anticiclone migratório que está na retaguarda da onda frontal  trará mais frio e condições para geadas no três estados da região Sul. Esta onda frontal deverá se deslocar rapidamente para o litoral sul da região Nordeste.
Este pulso de frio polar terá mais profundidade pelo território brasileiro do que os anteriores, onde atingirá o sul da Amazônia com o fenômeno chamado friagem. As temperaturas estarão também em acentuado declínio no centro-sul de Goiás, Distrito Federal e Triângulo Mineiro.
Com o declínio da temperatura, os termômetros estarão abaixo de zero grau em algumas áreas da região sul.
O Vórtice ciclônico em níveis médios que passará pelo sul do Brasil nas próximas 12 horas está associado ao sistema frontal em superfície, podendo gerar ventos fortes no leste do Sudeste (Cone Paulista e centro sul do Rio de Janeiro). O Mar ficará agitado.





Fonte: GPT/CPTEC

Elder