As temperaturas foram mais altas em Curitiba

Na Capital Paranaense o frio intenso, com temperaturas na casa de 3°C não se confirmou conforme estava apontando a maioria dos modelos numéricos, devido à grande presença de nebulosidade e atuação de uma frente fria que estacionou ao largo de São Paulo nestes últimos dias. Esta condição meteorológica foi prenunciada pelo modelo GFS, que colocava muita nebulosidade com chuvas em grande parte de São Paulo, Norte do Paraná e parte do Mato Grosso do Sul. Tivemos um fluxo de ventos úmidos em níveis médios de sentido noroeste-sudeste alimentando condições para chuvas e algumas trovoadas. Os cavados em nível médio e superior deram suporte a estas condições de tempo que com o decorrer desses dias observou-se o aumento da instabilidade no estado.
Em Curitiba, no pico máximo do pulso polar (dia 24), observaram-se temperaturas de 5ºC a 6ºC na maioria dos bairros da cidade. Nas regiões mais frias da região metropolitana foram registradas temperaturas em torno de 4ºC na sexta feira e 7ºC no sábado, dia 25. O tempo seguiu neste final de semana encoberto com aumento da instabilidade. As pancadas foram de caráter intermitente, com intensidade leve a moderada. Na Vila Izabel - Curitiba a chuva foi de 5 mm no sábado e 18 mm no domingo.
As geadas ficaram restritas ao sul, sudoeste e parte do oeste paranaense nestes últimos dias, com temperaturas negativas em algumas localidades, portanto frio intenso. Estas geadas ocorreram devido à forte atuação da massa polar, por estas regiões ficarem mais próximas as áreas de influência do centro de alta pressão e por estas mesmas localidades estarem longe da influência destas áreas de instabilidades e da frente fria que ficou praticamente parada em São Paulo.

Para os próximos dias ainda são prognosticados tempo instável com pancadas de chuva e possíveis trovoadas na maioria das regiões paranaenses. As temperaturas tendem entrar em ligeira elevação. No leste do estado, as temperaturas máximas ainda continuarão baixas, seguindo a dinâmica destes últimos dias.

Elder/consultor meteorológico

elder@meteotempo.com

Dia chuvoso e frio

Manhã chuvosa em Curitiba e temperaturas baixas. A frente fria que entrou no estado do Paraná no dia de ontem, se dirige para São Paulo de forma mais lenta. Ontem o seu deslocamento foi mais rápido pelo estado, trazendo chuvas fortes, ventos e trovoadas. Os volumes acumulados foram significativos em poucas horas. Agora chove de forma moderada na região Metropolitana, Litoral e Campos Gerais. No norte do estado a chuva está mais forte e acompanhada de trovoadas. Ontem em Curitiba choveu 27.0 mm, na Estação Órion, Vila Izabel e hoje até as 12 horas 10.4 mm. No Aeroporto Afonso Pena foi registrado até as 9 horas de hoje 31.0 mm, no Juvevê 35,7 mm e estação oficial do Inmet 12 mm.
A partir da tarde começa o ingresso de ar frio pelo oeste e sudoeste do estado fazendo com que as temperaturas entrem em acentuado declínio, devido à atuação de uma forte massa polar cruzando os Andes e instalando-se na Argentina. Esta massa polar, segundo os modelos numéricos GFS, ETA, WRF e MM5, podem trazer neve para a província de Buenos Aires, Andes, locais isolados do Uruguai, serra Gaúcha e Catarinense.
Como conseqüência do forte resfriamento haverá condições para geadas amplas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e sul do Paraná. As temperaturas podem chegar em média na casa dos 3 graus negativos. Em Curitiba a temperatura mínima deve chegar entre 1ºC a 3ºC, segundo a maioria dos prognósticos.

Elder/Consultor Meteorológico

elder@meteotempo.com

Frente Fria e Massa Polar

fonte: Inmet

fonte: Inmet

Uma Frente fria chegará ao sul do Brasil nos próximos dias trazendo pancadas de chuva, ventania no oeste da região e possibilidade de granizo. Os temporais começarão a se formar a partir de hoje, principalmente no Rio Grande do Sul, e no decorrer da semana se espalham para o resto da região. A forte frente fria, que neste momento atua na Argentina, trará na sua retaguarda uma forte massa polar que poderá suplantar a massa polar que chegou ao Sul do Brasil e parte do Sudeste no dia 12 de Julho. Ao contrário da anterior, essa massa polar possui potencial para ser mais forte até o presente momento deste inverno. No outono tivemos uma massa polar de grande intensidade, causando o fenômeno friagem na Amazônia e temperatura recorde anual no sul, sudeste e centro oeste brasileiro. Existem boas chances para que o frio penetre continente adentro, derrubando as temperaturas desde o sul do Brasil até o sul da Amazônia, onde poderá provocar o segundo evento de friagem (o primeiro do inverno) este ano.

Há possibilidade de queda de neve nas regiões propicias ao fenômeno, pois a ocorrência estará sujeita a evolução do ciclone extratropical e condições de umidade e temperatura. Segundo os modelos meteorológicos teremos uma tendência para formação de geadas amplas, principalmente em Santa Catarina e Rio Grande do Sul (90%). Menor probabilidade no Paraná (60%), Sul de São Paulo (30%) e Sul do Mato Grosso do Sul (45%).

No Paraná a massa de ar frio e intensa está prevista para chegar entre a sexta feira e o sábado, com possibilidade de geadas principalmente para o sul do estado. Antes da entrada do frio, existe a possibilidade de fortes chuvas na maior parte do estado com tendência de altos volumes pluviométricos seguindo as condições climáticas instaladas neste mês, pois as chuvas que estão caindo no estado no mês de julho, estão numa quantidade acima da normal climatológica em grande parte do Paraná, situação diferente da ocorrida nos últimos 4 meses.

Para Curitiba, a tendência do tempo é de aumento de nebulosidade, se instabilizando ao longo da semana. Existem condições para pancadas fortes, possibilidade de trovoadas e rajadas de vento a partir de quarta feira, se estendendo para quinta feira e sexta feira. O frio intenso deve chegar ao final da sexta feira ou no sábado (vai depender da velocidade da propagação da massa polar), proporcionando a queda acentuada das temperaturas. Existe a probabilidade de 50 a 60% para a formação geada no sábado ou domingo na região metropolitana.

Os modelos numéricos estão mais concordantes em relação ao volume e distribuição da chuva, mas discordantes em relação à intensidade do frio. O GFS está colocando menos frio e maior nebulosidade em grande parte do Paraná e Capital do que os modelos regionais, portanto menor chance de geadas. Quanto à intensidade das temperaturas, vai depender das próximas rodadas, onde os modelos podem ficar mais concordantes na medida em que for transcorrendo a semana e a evolução da massa polar pelo sul do continente.

Elder/Consultor Meteorológico

elder@meteotempo.com

Temperatura em Curitiba - Junho e Julho 2009

Em Curitiba, devido à atuação de uma forte massa polar no início de junho de 2009, fizeram com que as temperaturas comportassem abaixo das médias históricas. Há muitos anos não se verificava esse comportamento. O “inverno meteorológico” (junho, julho e agosto), nos últimos anos, estava sendo marcado pelo comportamento irregular das temperaturas, ou seja, distribuída em períodos que no qual estava acima da normal climatológica e em outros momentos do período com temperaturas dentro da média; raras vezes abaixo.
No mês de junho, a temperatura média registrada na capital paranaense foi de 12 ºC, portanto, ligeiramente abaixo da média histórica – (1960-1991). Em contraposição, nestes primeiros 15 dias de julho essa temperatura elevou-se um pouco, devido à entrada de frentes frias com uma atividade chuvosa mais elevada que o normal, contribuindo para o aumento das temperaturas mínimas. A massa polar que chegou ao sul do país no dia 11 de julho não foi tão intensa se comparada com a que dinamizou o comportamento climático do mês anterior. Com isso, percebemos o comportamento das temperaturas mais para dentro da média e uma atividade chuvosa com volumes expressivos e acima da média para a primeira quinzena de julho. O comportamento das temperaturas e da precipitação, no Paraná, foi na mesma direção ao registrado em Curitiba, reforçando uma influência de mesoescala nesta primeira fase do inverno.

Ao olhar a tabela acima vamos perceber que a temperatura se comportou ligeiramente abaixo da média pela primeira vez nos últimos 07 anos para o mês de junho; e praticamente dentro da normal climatológica nos primeiros 15 dias de julho. Percebemos que a primeira fase do “inverno meteorológico” nestes últimos 07 anos foi de temperaturas acima da média, sendo que este ano notamos a quebra desta seqüência, na comparação dos primeiros 45 dias, que tendem normalmente serem mais frios que os 45 dias da segunda metade do inverno.

Nestes últimos anos, a temperatura de junho em Curitiba esteve de 2 a 3ºC mais alta do que em junho deste ano. Já em Julho, ela se comportou em torno de 1.2ºC acima da média – em julho deste ano, até agora, 0.2 ºC acima da normal. Há uma tendência até o fim do mês, de acordo com os modelos climáticos, que a temperatura se comporte entre a média histórica a ligeiramente acima da média; e dentro da média climatológica para o mês de agosto.

*15 primeiros dias de julho

Elder/consultor meteorológico

Prognóstico do tempo - Próximas 24 horas

Fonte: Cptec - Modelo ETA 20X20 200 hpa - linhas de corrente

Os prognósticos do tempo (próximas 24 horas), com base da Carta de Altitude 200 MB, observam-se um centro de alta pressão no norte do país que influencia a convecção em grande parte da Região Amazônica com pancadas de chuva e possíveis trovoadas; Já na Região Centro Oeste o tempo segue seco com baixa umidade na maior parte da região (abaixo dos 40%). A alta pressão é responsável pela inibição de nebulosidade na região central.

Nesta mesma carta nota-se a presença de um cavado no litoral do Nordeste alimentando uma fraca frente fria que atua ao largo da costa do sul da Bahia. Este Cavado será responsável pelas pancadas no litoral oriental do Nordeste.

Também em altos níveis observa-se a propagação de um cavado no Rio Grande do Sul dando o tom de manutenção de temperaturas baixas e transporte de umidade do oceano para o continente, fazendo com que haja aumento de nebulosidade no centro-leste da Região Sul e possibilidade de chuvas isoladas ou chuviscos no litoral do Sudeste até o litoral do Sul do Brasil. Essas possíveis chuvas serão localizadas e mal distribuídas. Os modelos numéricos apontam para um baixo volume de precipitação.

Um Vórtice Ciclônico de Altos Níveis atua sobre a costa do Chile, que nos próximos dias pode contribuir para a formação de tempo instável na região Sul do Brasil e parte sul da região Sudeste.

O Jato Polar Norte acoplado ao Jato Subtropical garantem condições de temperaturas baixas ou amenas, para os três estados do sul, São Paulo, região serrana do Rio de Janeiro e sul de Minas Gerais (região da Mantiqueira).

No Paraná, para as próximas 24 horas, segue a tendência de nebulosidade variável no interior, com tempo mais estável. No litoral paranaense possibilidade de chuviscos ou chuvas ocasionais fracas. (probabilidade - 40 %).

Elder/Consultor Meteorólogico